Cada um de nós é único, cada um é uma individualidade. Entretanto, por mais contraditório que possa parecer , mesmo essa individualidade, essa subjetividade é forjada a partir da figura do outro.
Nos definimos a partir do outro, o que vemos ou não vemos no outro é o que não vemos ou vemos em nós. Esse princípio, da interdependência, da intersubjetividade, está presente na psicologia , nos estudos de linguagem, na sociologia, na antropologia. E nada mais é do que a nossa capacidade de nos relacionarmos e estabelecermos diálogo. É uma condição, visto que o ser humano precisa de interação, de contato.
Então, por que tantos preconceitos? Por que tantos entraves? Por que tanta confusão, se o outro é parte integrante de nós? No momento em que compreendermos essa dimensão, muitas questões, que hoje nos atropelam, serão respondidas, muitas questões simplesmente não existirão; porque, nesse dia, compreendermos que o nosso eu está no outro, bem o outro está em nós.
2 comentários:
Gostei do seu texto que, embora leve, tem a profundidade necessária para abordar o relacionamento humano. Um abraço, Yayá.
A alteridade e a identididade se opõem e se encontram sempre. Belo texto!
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