sexta-feira, 1 de julho de 2011

Partida


Sinto um aperto no meu estômago

Acelera meu coração descompassado

É quase medo

Ou tristeza?

Mas como é pesado

Carregar tanta dor

A dor de não ser amado.



Vibra minha alma sentindo-se eterna

Acredita que a morte para sempre não separa

Tanto amor guardado,

Quanto desejo inacabado,

O que fazer senão esperar

O fim de tudo?



Alma, emoção, tempo e canção

Nada completa-se nessa vida

Vida de espera vazia

Que comprime o peito

Esmaga a alma

Sufoca a respiração

Aguarda nada serena

A morte que chega sem compreensão.



Apenas vivi e nada amarga parti

Desperdiçaram o momento

Não sobrou nem mesmo fragmentos,

Apenas uma sombria desilusão

Na partida nem lamento,

Apenas escuridão

E nenhum acalento.



Parti, como vivi,

Com o coração embriagado

Os olhos semi-cerrados

E com a esperança que não abandona os fracos,

Ilusão dos que nunca param se sonhar...

13 comentários:

Nina Pilar disse...

adorei o texto entra na ilusão que a vida é só sonho.
A vida não passa de uma grande ilusão...enquanto isso chora o palhaço, faz ri o palhaço, imita a vida...
beijinhos

Ale disse...

Que poema angustiante, sonho, realidade, dor, ilusão.

Mesmo triste: lindo!


Um beijo

Unknown disse...

Muito lindo, Partidas machuca=/ texto lindo lindo, parabéns.

Wanderley Elian Lima disse...

Um pouco pessimistas, mas um belo poema. O importante é que a esperança sobreviva.
Grande abraço

MA FERREIRA disse...

Querida Rosivar...

Seu poema é muito triste. E tristeza chama tristeza. Gostei..vc escreve muito bem..mas o tema preferia que fosse mais alegre..

Mas é o que todos queremos..a atal felicidade.

As vezes temos a falsa ilusão d que para ser feliz necessariamente precisamos ter um amor romantico.

Claro que importante..mas enqto não vem...precisamos cultivar o amor pela vida em nossos coraçoes.

Precisamos nos encontrar..olhar para dentro e definir o que realmente podemos fazer para reverter a situação, ja que cada dia é um novo dia.

Temos que ser fortes, pq a vida exige esta fortaleza. Precisamos descobrir onde nos fortalecer.

Tem uma fonte inesgotável de força a nossa disposição. É só chamar que ele vem.

Qdo não estou bem..fico em silencio e tenho uma concersa de pai pra filha com Deus.

Sou humilde..digo, Deus, estou me sentindo assim...Não estou conseguindo.. me ajuda?
Me mostra o caminho..

Converso, choro, me alivio..
E logo a resposta vem... e vem mesmo.. Um pai nunca deixa um filho desamparado.

sei que vc escreveu um poema belo com o tema tristeza.

Mas eu sou meio tonta..assim..acredito que a pessoa escreveu e esta sentindo td aquilo...

Masi ndependente de qquer coisa.. eu penso e faço assim..facil não é..dor sempre vai existir..mas temos que encontrar forças em algum lugar, porque merecemos ser felizes, Todos.

Bjka

Ma

bixudipé disse...

Muito legal, viu! Trás um tom de realismo incrível!

Parabéns!

Abração.

Severa Cabral(escritora) disse...

vamos em busca sempre da tal felicidade...vamos partilhar o amor...
Bjssssssssssssssssssss

Catia Bosso disse...

Um misto de sonho, perda e saudade do que ainda nem aconteceu, porem, muito lindo em versos.

bj

Jasanf disse...

O eu-lírico sofre com a falta do amor correspondido, mas ele não sabe o quanto amadurecerá num futuro longínquo quando o amor vir a ser realidade suprema.

Poeta Insano disse...

Um tom triste, mas que consegue trazer-nos beleza com palavras bem colocadas.

Um abraço!

Artes e escritas disse...

Às vezes me pergunto, se o palhaço é tão triste quanto o pintam.Os que eu conheci eram sérios e normais antes de se vestirem e dizerem que iam às crianças. No entanto, as emoções são transmitidas com exatidão no seu poema, você tem um talento e tanto. Um abraço, Yayá.

Anônimo disse...

Amigos,
Agradeço o incentivo a minha escrita!
Sou assim: às vezes feliz, às vezes triste, apenas sinto e tento trascrever meus sentimentos...
Bjim no coração
Rosivar

Catiaho Reflexod'Alma disse...

Otimo ler um texto tão bem
mascido.
Ele nos puxa para verdades
que teimamos em não ver.
No mau caso,
vivo para vencer essas verdades...

Bjins entre sonhos e delírios