sábado, 30 de julho de 2011

Os Homens Invisíveis...


Não tenho casa,
Não tenho comida boa,
Não tenho água limpa,
Não tenho roupas boas,
Não tenho cobertor em noites frias,
Não tenho vida,
Não sou ninguém,
Se pedir ajuda mandam eu ir trabalhar, mais afinal, quem me da um emprego?
Sou como um nômade, a cada lugar que passo se torna um moradia, uma rua, uma praça até mesmo um beco, esquento-me com um pedaço de papelão, como o que você joga no lixo às vezes a sobra, às vezes estragados, azedo, doce ou salgado.

Ao qualquer lugar que passo observo tudo com clareza (não preciso de internet),
No banco da praça consigo dormi (não preciso de cama fofinha ou hotel de luxo)
O frio da rua mata meu calor (dispenso o ar condicionado), 
Comida do lixo já vem pronta (dispenso fogão).
Sinto frio, calor, sinto fome, sinto desejos, sinto medo, sou feliz, sou triste, tenho momentos bons e tenho momentos ruins, tenho sentimentos. Tenho uma religião, tenho uma classe social, tenho uma cor, e agora sociedade? Aceita-me?

Autoria: JuniorPoltergeist.

5 comentários:

Anônimo disse...

Uma dura realidade esta do morador de rua, com seus sonhos desfeitos sua vida em queda livre.

Beijos Junior!

Jasanf disse...

Na dura realidade o homem questiona-se e questiona o mundo no qual vive. Abraço.

Catiaho Reflexod'Alma disse...

Sabe...
essa invisibilidade
doi...
Texto profundamente reflexivo.
Bjins

Rosivar Marra Leite Snches disse...

Também me toca a situação dessas pessoas...
Ótimo texto!

Rosivar Marra Leite Snches disse...

Também me toca a situação dessas pessoas...
Ótimo texto!