quinta-feira, 30 de junho de 2011

SE INTEIRO

Confeccionei eeta peça em argila creme, queimei em alta temperatura 1.200 graus.



Não ame apenas o ramo vistoso.
Nem coloque apenas sua imagem isolada no coração.
Ela sumirá.

Ame a árvore como um todo;
Ai amará o ramo vistoso,
A folha suave e seca,
O broto timido e a flor desabrochada,
A pétala caida e a noite dançante,
A sombra esplendida do amor total.

Ah, ame a vida em sua inteireza.
Ela não conhece decadência.

Jiddu Krishnamurti

Por Ma Ferreira

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Bahia...a olhos supostos...




Quero fazer, aqui, uma homenagem à Bahia... peço licença a todos os Estados, esperando um dia fazer esta homenagem a todos individualmente, e de coração, como fiz para a Bahia... 
(beijos paulistanos ao povo do axé)





Ao som dos tamborins e tambores
Segue a brisa suave da tarde
Sobressaindo-se aos morros e voando em busca dos amores

A mucama sova a mandioca com alarde
Logo a criançada pede o bolo festeiro
A mulata samba no Pelourinho,

A sinhá ora na capela,
Enquanto a Baiana roda a saia no terreiro
Quanta tradição dentro de um só povo

A mestiçagem é sua característica
O acarajé escorrega no dendê
Mãe Preta chora o adeus do filho mais novo
'Vá meu filho buscar seu sonho na onda crística
O meu coração vai estar sempre com você'

Toques e passos a moçada cria ao som do berimbau
Na capoeira santa de quem é baiano de sangue
Até um faraó se reverenciaria nesse lual

Longe das brigas e mortes das gangues
Ah! Minha Mãe! Que formosura imagino!
Longe dos meus olhos foge a cor
Pois nunca pisei os pés nesse quintino
Mas o coração e a mente sentem o calor.

Um dia irei pessoalmente constatar
Que tudo que escrevi aqui
Vai além de cultura e folclore...

É galhardia, é coragem, é bem estar
De um povo que luta e sorri
Até o dia em que seu ardor, por si,se explore!

Roda a saia baiana,
Misture-se à alegria da cigana,
Até que seja treinada a gringa americana!
Bate o tambor, Senhor do Bonfim!
Logo o sol se esconde e vai
A lua se apresenta e embeleza

Os amantes se amam numa noite sem fim
É o lageado que os esconde e sai
Mas a lua, no céu, ainda embeleza!








(uma singela homenagem à Bahia- mesmo nunca tendo estado lá) 



Catia Bosso




terça-feira, 28 de junho de 2011

Vestígios


Somos caminheiros e deixamos nas estradas pelas quais passamos pistas, rastros, vestígios. Que vestígios são esses? Tal pergunta não pode ser respondida objetivamente, porque está ligada à individualidade de cada viajante.
Se for um viajante com alma fervorosa, forte, humilde, sincera; os rastros que deixará serão benéficos, leves. Mas se o viajante estiver em turbulência consigo mesmo, se estiver desligado da sua consciência, da sua essência humana; deixará rastros de destruição, devastará os caminhos dos corações mais sensíveis e, acima de tudo, formará um ciclone nos recônditos da própria alma.
Que vestígios estamos deixando nas estradas da vida? É indispensável fazermos este questionamento, pois os nossos rastros indicam o que se passa em nosso ser. Esse questionamento é importante para nos repensarmos e mudarmos o ritmo dos nossos passos a fim de que eles deixem no caminho somente paz e delicadeza.


segunda-feira, 27 de junho de 2011

GRIPE


Estado quase anormal de uma normalidade!
Não apresenta nada de surpreendente,
Mas é sempre é uma sensação nova.
Um espirro que causa alívio,
Uma tosse que limpa,
Febre que inebria.
Respirar: ato simples e quase imperceptível,
Entretanto um entupimento de narinas revela o seu valor.
Dê-me um descongestionante! Exijo.
Descongestionar: é isso que eu e o mundo precisamos!
Dar liberdade ao ar, ao trânsito, às pessoas...
Valorizar o que é simples!
A doença física não é só minha, também é social:
Prostração, cansaço, fadiga, indiferença ao que é circundante, individualismo...
Passa o meu estado, mas a sociedade continua a mesma.
Uma vacina, por favor: contra a gripe física e moral!


Aline

sábado, 25 de junho de 2011

Devolva-me!

 

Devolva-me o que me roubou de mim:
as emoções, os sentimentos
que foram oprimidos,
recalcados e reprimidos.


Há alteridade em mim
se me encontrar pelo caminho
traga-o a mim,
liberte-me das amarras
que foram mal concatenadas.
Se avistar minha miragem
deleite-a e contemple-a
mesmo que seja na dor,
no caos, no vazio,
no tudo, no nada.


E quando voltar ao pó
devolva-me.
Roubaram de mim
meu próprio reflexo,
minha imagem
e a vida engendrada por Deus.


Devolva-me
a verdade sobre o amor,
as maneiras simples de dizer “Eu te amo!”,
a alegria de cantar
e no mais longínquos dos abismos

encontrar-me-ei novamente.


Se tua palavra penetrar na minha
que seja para frutificar

a ausência de mim,
que se perdeu,
que ecoou e bradou
pelo mundo a fora.


Devolva-me
pois não sei se sou o eu ou o outro
nesse horizonte amargurado.
Buscar-me-ei mas não achei,
bati em alguma porta

e as fecharam para mim.
E janelas circunscreveram “nulo para ti”.


Nessa caminhada árdua
não tirei palavras para me direcionar.
Fui ultrajado pelos açoites,
rasgaram minhas vestes
porque deixei de buscar-me
e tudo deixou de ser arte,
canção, cumplicidade, amor e performance.


Desejo meu eu
preciso dele para existir
pois roubaram de mim
minhas alegrias, meus entusiasmos,
minha mocidade,
minha oblação e os pertences da alma,
intrínseco em meu ser.

E agora só me resta o nada
e o mais nada.


E ao pó massacrado voltei.
                                                                                                                                                          Jasanf

sexta-feira, 24 de junho de 2011

O jogo virou de lado.

Simplesmente você acha que vive em um mundo perfeito, e de repente você olha ao seu redor, e ver tudo se desmoronar de uma hora pra outra, só os fortes continuam, os fracos fugiram, você procura os amigos e não encontram e agora o que você faz? As pessoas que estavam do seu lado? Onde estão? Achou que a pessoa era a certa, e cadê ela nas horas que você mais precisou?

Um mundo Obscuro, assim como você, que procurou as maravilhas externas do mundo, esqueceu das internas, esqueceu de quem realmente lhe amou, esqueceu de algo profundo que alguém sentia por você, você foi covarde! Fugiu nas horas que mais precisaram, e agora? Quem vai te ajudar? Não! Eu não acredito, é ela? É ela! A pessoa que você mais desprezou e a que mais te amou, e agora? O que vai fazer, ela veio te ajudar, Ora por tanto tempo pisaste nela, mais veja o que é amor de verdade, tu a humilhou, a pisou e hoje quando eu precisas ela esta disposta a te ajudar, como você se sente?

Ora querida, não precisa chorar, eu estou aqui, e prometerei te fazer feliz o resto de sua vida, você só precisa deixar-me te mostra o caminho da felicidade, esqueça de todo seu passado, esqueça de tudo e de todos, lembre-se agora que eu estou aqui, e vou estar com você pra sempre, não se preocupe.

O mundo às vezes parece maravilhas, mais basta apenas suprir a necessidade que descobrimos tudo, as mascaras das pessoas caem, as verdadeiras faces são mostradas, as verdades são revelas e o jogo? Muda completamente, é assim, com todo mundo, mais e agora?

Agora esse mundo, não é como o seu mundinho perfeito, nesse só sobrevive os fortes, os covardes fogem, os orgulhosos não aparecem, e os amigos? São aqueles a quais você mais desprezou, aqueles que mesmo pisados, mesmo humilhados, vem se arrastando no chão, todo quebrado como um jarro que cai de uma estante, vem se arrastando aos poucos, e que mesmo lá em baixo, consegue ergue o braço e te oferecer ajuda, por que? O jogo virou de lado.


Autoria: JuniorPoltergeist.
Desculpem-me mais postei hoje, por que amanha, ficarei sem internet, pois viajarei a trabalho. Agradeço.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

O Morro da Mangueira


Divanir era o irmão caçula do Seu Zizito que morava na Candiba. Era completamente diferente do irmão. Adorava uma piada, levado já era desde  pequeno,  todos o consideravam um doidivanas.
Em época de Carnaval, o Valão da Onça todo aguardava para ver o bloco do Divanir. Homens vestidos de mulher, com o rosto maquiado, bêbados de cair, tocando seus pandeiros, bumbo e cuícas. Naquele chão de terra, a poeira subia altiva com a passagem dos componentes que animavam a multidão que acompanhava tudo enfeitiçada. As crianças perguntavam:
- Mamãe, aquilo é papai vestido de mulher? É não, é?
A mãe rindo respondia:
- Filho é Carnaval, seu pai está fantasiado!
- Ele está torto? Parece que vai cair! Mamãe papai está “de queimado”!
- Querido, a gente diz, “Papai está de fogo!”
E assim a turma se divertia. As crianças estranhavam e aos poucos imitavam os passistas enlouquecidos, que em coro cantavam as marchinhas do Seu Eugênio, pai do Divanir e do Seu Zizito:
“O preço da canjiquinha
Parece uma vergonha
Até na mesa do rico
Faz-se mesmo cerimônia,
O preço do capadão
Já chegou a quarentão
Ninguém vai poder comprar.
O remédio que nós temos
É comer sem temperar!”

Ou então, outra cantavam:
“Eu fui na venda do Marra
Com uma grande intensão
Cheguei e pedi fiado
Ele me disse que não
- Amigo, tu me desculpe
Dói a sua consciência
Se eu pegar a vender fiado
Não posso pagar licença!
Voltar de novo na venda do Marra pra quê
Repetir o fiado ele não vai querer
Pois ele torceu a cara
E depois saiu zangado!”
           
            Os Carnavais do Valão da Onça eram mesmo muito animados. A cachaça branquinha ou amargosa era por todos disputada.
Divanir gostava muito também de visitar o Morro da Mangueira, o local onde as putas rameiras desmamavam os rapazolas valonenses. Era por elas muito querido, quando avistava que ele subia a ladeira, cá de cima, Tutu, a mais antiga das vadias, gritava ao dono do boteco da esquina:
- Pedro Briti, é Tutu que tá falano. Tutu, Pedro Briti, aqui do Morro da Mangueira! Olha quem tá subino! É Divanir!
E Divanir subia todo arrumado com perfume de alfazema e flor de gardênia na lapela. Nesse dia chegou mais cedo, Tutu o recebeu na sala com festa, gritou para Angelina:
- Anda Angelina, Divanir já chegou! Acaba logo esse banho, que eu preciso da gamela pra bater a broa!
Nunca mais ele comeu da famosa broa de Tutu, o gosto estava explicado, mas como era muito debochado, ele mesmo servia a broa para os desavisados. O baile começava às sete horas em ponto. Lá chegavam os homens ansiosos, Getúlio já abusando da bebida, colocava o instrumento para fora e batia com ele na mesa das broas dizendo:
- Olhem o trado! Tá chegando o trado!
A mulherada às risadas, gritava:
- Guarda o grandão, Getúlio! Assim você vai assustar as donzelas!
Assim era a noite inteira: broa de gamela, música para arrastar o pé na terra batida e nos quartos os gemidos sem pudor do mais profundo e vendido amor.  Tudo ia noite adentro, até que às vezes Dona Loca, com seu pau-de-macarrão estragava a festa, atrás do marido Julião, aos berros espantava os mais santos rapazes da cidadela.
Quando tudo corria bem, era o galo que cantava brando, para não incomodar os amantes, anunciando o fim da função. Quando o dia clareava, o azul no céu despontava, a vida lá fora recomeçava, até que novamente a noite caísse e nos quadris frágeis e gentis, o trabalhador do dia encontrasse sua recompensa e novamente seu lugar feliz.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

TURBULÊNCIA E PAZ!



Este porta velas, queimei em alta temperatura, 1.200 graus, usei argila creme.


NA TEMPESTADE, O SABIO REZA A DEUS - NÃO PARA FICAR SALVO DO PERIGO, MAS PARA QUE O LIVRE DO

MEDO. É A TEMPESTADE INTERIOR QUE O PÕE EM PERIGO, NÃO A TEMPESTADE EXTERIOR.

Frase extraida do livro Meditacoes e Inspiracoes sobre a paz e o Amor.
Publifolha


Muitas de nossas preocupacões são derivadas de ilusões que criamos e acabamos por potencializar nossos problemas.

Passada a névoa da ilusão, passamos a notar que nossas preocupacoes foram infundadas e que nos martirizamos a tôa. O nome ja diz: pré ocupacão .. o pré ja diz tudo.

O que fazer então? Para que a tempestade na hora se transforme numa chuva de verão?

Primeiro acredito, é dar um tempo. Auto controle sempre. Devemos ficar atentos para não sermos levados pela emoção do momento. Dar um tempo para que a poeira abaixe.

Depois é mudarmos o foco do problema, para a solução deste.

Mas na maioria das vezes o problema se resolve..sem interferências. Resolve-se por si só.

Somos nós quem criamos dentro do nosso ser a tempestade.

Talvez não confiamos em nossa força, talvez tenhamos pouca fé ou talvez tenhamos uma forte tendência ao exagero.

E nas ocasiões em que o problema realmente for grave e persistir..e se acharmos que nao temos as ferramentas nescessárias para resolve-lo é chegada a hora ter conversarmos com a Pai maior, com Deus.

Eu faço isso..no silêncio converso com Deus. Digo..Pai..esta difícil, nao estou conseguindo resolver. Me ajude, me mostre uma solucão, um caminho. Não peço que ele resolva, peço que me mostre o caminho.

ELE nunca me deixou sem resposta!
Por Ma Ferreira

Beijo a todos.. eu volto..

Momentos Meus










São momentos tão meus e tão seus,
São nossos! Não há como ser só meu, ao passo que Deus,
Já não me limita a ser independente, sem o teu amor.
Amor este que sou muito feliz em possuir com profundo ardor.

O amor acontece e vira a cabeça de quem sente,
Sentir e poder amar alguem tão especial é mais que poder...
É mais que paixão, é mais que comando...
Tentei não me apoderar de você, a mente mente...
As investidas do desejo se apossaram de nós sem saber...
É um oásis de vida que se curva em jogo de sentimento úmido e soberano...

Quero muito viver este momento, ser completa e amada
Ser satisfeita e feliz,
Ser sóbria e sua!





(Catia Bosso)


terça-feira, 21 de junho de 2011

Incômodo

Aqui e acolá pessoas se acotovelam, se esbarram, se machucam, se ofendem. Aqui e acolá, o orgulho, a impaciência, a agressividade se manifestam.
Tudo isso é fruto de um incômodo que o ser humano tem. Esse incômodo está na alma, no incosciente de muitos. É todo lixo mental e emocional acumulados ao longo da vida e, o que é pior, escondido por trás de um sorriso amarelo, de uma falsa alegria , da reprimenda do choro.
Ainda não temos coragem suficiente para sentirmos. Sufocamos nossos sentimentos, porque consideramos vergonhoso sentir ciúme, raiva, por exemplo. Não choramos o choro depurador, porque consideramos que isso implica fraqueza.Não nos permitimos manifestar em nosso semblante a dor que estamos sentindo, porque acreditamos ter que representar certos papéis sociais.
Todo incômodo que sentimos é, pois, oriundo dos dramas e das tramas da vida, do cotidiano e também (admitamos) de nós mesmos, que construímos muros e não nos permitimos ser quem somos, não nos permitimos sentir o que sentimos.
Tal incômodo nos leva a reagir, agredir, machucar. Por isso, nos acotovelamos na rua, nos coletivos, nos lares, nos relacionamentos, na vida.
Para deixarmos de sentir tal incômodo, necessitamos expressar nossos sentimentos, pois estes sentimentos que consideramos vergonhosos nada mais são do que o ferimento mal curado de outras épocas.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

O PODER DA PALAVRA

A palavra é a mais bela e a mais cruel criação humana e seu funcionamento é semelhante ao de uma fórmula secreta cujo efeito só é descoberto quando é posto em execução. Uma vez proferida, a palavra ganha força, mesmo sendo uma simples propagação de ondas sonoras. Mesmo escrita, seu poder permanece inalterado e surte tanto efeito quanto a que é falada.
É com a manipulação da palavra que o homem se insere na sociedade, constrói a personalidade e se torna capaz de coordenar as ações, assim como dominar, iludir, magoar e destruir seu semelhante. Através dela, são anunciadas ameaças e benevolências, críticas e elogios, e também se faz amigos ou se perde. Infelizmente, seu poder é desconhecido por muitas pessoas e essas acabam por usá-la sem qualquer cautela nem sentido, apenas por dizer, para “quebrar o silêncio”. Aliás, é nesse tão temido silêncio que muitas ideias surgem, sejam boas, sejam ruins, mas que definem um significado ao que será anunciado.
O desejo de se comunicar é inerente ao ser humano, e isso só é possível através desse veículo tão poderoso. Tudo gira ao seu redor, seja ela escrita, falada ou gesticulada. Os feitos do mundo só aconteceram por causa da palavra, por sua existência. O homem é fruto do que diz e do que ouve, do que escreve e do que lê.
Aquele que a liberta perde o seu domínio sobre ela e, assim, livremente, sem saber onde e como chegará, ela faz sua viagem. Muitas vezes, as ondas sonoras sofrem alterações em seus percursos, e interpretações equivocadas são feitas. Dessa forma, algo que fora transmitido como bom pode ser recebido como ruim e vice-versa.
Por fim, alguns questionamentos permanecem: como algo simples, tal qual a palavra, pode se tornar tão poderoso? Como pode chegar ao ponto de destruir uma nação inteira e de matar homens? E que capacidade é esta de unir almas, abrandar a raiva, confortar, dar esperança? Está aí, leitor, o grande poder das palavras, suas múltiplas facetas. Sendo assim, seja precavido, use-as com cautela, afinal elas voam sem destino e sem forma e não se pode inferir seu resultado.

Aline

sábado, 18 de junho de 2011

Soneto para Rafaella

Como podes ser? Apenas ser.
Tua existência resplandece nos olhos noturnos
que só podem ser vistos por quem pode ver
nos sentido único que restringe o mundo.

Das tuas belezas, como podes ser?
Se sou? Não sei. Mas, tu és
uma completa simetria de Ser,
de silêncio e palavras que crês.

Não cabem reflexões  amplas
do que não se analisa com frases,
mas que se vê, Ser de alarde.

E digo, as flores não são belas
Nem rosa, nem lírio, só há um tipo
Como podes ser? Rafaella.



Gabriel Castelar  


http://gabrielcastelar.blogspot.com  ou http://labeirgsalcatre.blogspot.com/

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Musica.

É ao som de notas que vivo meus amores, a cada nota um sentimento novo, a cada canção uma nova emoção, ao som da guitarra viajo em teus braços, em cada musica que vou curtindo em pensamentos irei perdido, afogado nas mágoas, afogado em velhos e novos amores, musicas que me lembram passado, musicas que me mostram o futuro, não importa o ritmo, musicas sempre musicas, em letras me perco no tempo em ritmos sinto meus sentimentos e nas rimas das canções o verdadeiro valor de um poeta.

Musicas que contam minhas historia, músicas que me fazem chorar, letras que me fazem rir, trechos pra fazer-me refletir, em busca de novo sonho, em busca de um novo som, entre guitarras e tambores, violinos e violões, violas e pianos minhas verdadeiras paixões, sem musica não vejo cor, sem musicas não vejo sentido, sem musica sinto um vazio de como não estivesse contigo.
Em tons diferentes a cada parte da vida, um tom auto um tom baixo, um sonho alto, um sonho baixo, do lado da pessoa amada ouvindo musica sem para, sentimentos rolam a solta emoções onde vão chegar, cada vez mais paixão, da vez mais amor, a musica faz viver aquele verdadeiro amor, aquela verdadeira paixão que nos traz a musica a cada coração.

Ouvindo com alegria a cada dia a mais, sentindo novos sentimentos, voando em novos céus, ao som de clássicos do rock e tocando teus lábios de mel, aaah se dessem o verdadeiro valor que a musica merece ter, talvez o mundo fosse melhor, mais o que acontece hoje, é a moda, moda de musicas sem letras, moda de musicas sem ritmo, moda de musicas pornográficas que fazem os jovens correrem perigo, musicas que levam a violência, musicas de jovens sem consciência.



Autoria: JuniorPoltergeist.

Tributo ao Tamarindo

Acético, cítrico, tartárico,
forma agridoce de se lambuzar em ácido
geram devaneios loucos
ao tocar os lábios.
Teu azedume paira uma substância
análoga à própria ânsia
Tuas flores hermafroditas amarelas
ou levemente avermelhadas
se reúnem em pequenos cachos axilares.
Ao degustá-lo
o paladar se permuta,
se transforma e se mistura à língua
num puro deleite, gozo, desejo excêntrico e mórbido.
Desmedido vestígio de toques,
polpa afrodisíaca do pecado
cujo coito inebriado e embevecido
copulam e bolinam entre si.
Málico, hiperbóreo, fitoterápico,
sente-se ao beijá-lo.
Irradia corações com proteínas e aminoácidos.
Saboroso fruto diabólico do prazer,
êxtase supremo dos anjos,
estimulante semiótico
que enfeitiça-nos com um simples contato
boca a tamarindo.
Puro bel-prazer semântico!
Ósculo santo!
Frenesi imprescindível!
Oh! Tamarindus de nossa pátria gentil!
Enlaça-nos com teu sabor,
perpetua-nos com tua acidez inexorável,
exaure-nos com tua magnificência,
enleva-nos com as delícias paradisíacas,
incita-nos com teu forte teor de glicídios
e nos faça um só elemento humano-mineral.
Sacramenta-se, enfim, o verdadeiro processo de transubstanciação.


                                                                                                                                                    Jasanf